Capri, a Ilha das Cigarras
Capri é uma ilha bizarra. A sua beleza serena, dócil e susceptível de despertar sentimentos contraditórios, parece assumir a condição de presente envenenado. Tal como sucede com certos seres a quem a Natureza concedeu determinados dons e que não podem a fugir a um destino que o tempo se encarregará de modelar astuciosamente, também Capri floresceu às mãos de um desígnio nascido desde tempos primitivos.
Capri é bela; dir-se-á que padece de uma beleza que convida a uma postura meramente contemplativa; e, todavia, ninguém arriscará a sentença de que estamos perante uma beleza inútil ou estéril. Mais: apesar das reviravoltas da História, Capri continua bela e constante, dois adjectivos que se dão, aparentemente, como o azeite e água.
A fortuna, como escrevia Simónides, poeta grego do séc. V a.C., pode mudar “rápida como o volver de asas de uma mosca”; mas não para Capri, uma ilha que pelo menos desde os idos remotos do Império Romano continua a ser destino de milhares e milhares de viajantes, cada um deles atraído pelos mais diversos motivos, mas todos, provavelmente, em busca subconsciente de uma certa ideia de beleza idílica.
Tibério deveria ser ouvido nesta história. O que sabemos - e teremos que nos contentar com a mediação dos cronistas - é que o cruel imperador se enamorou um dia da ilha. A luz transparente e embriagada de tanto azul, a vegetação exuberante que mistura inesperadamente espécies mediterrânicas e tropicais, as suaves brisas marítimas que sopram como toadas de sereias, o murmúrio das vagas que se desfazem languidamente ao encontro das falésias, os cumes elevados onde se alcantilam varandas naturais sobre o Mar Tirreno e os golfos de Sorrento e de Nápoles, com a costa amalfitana a sorrir ao fundo, eis o cenário que adoçou (relativamente...) a pedra do coração imperial.
Augusto deu com ilha por acaso, quando regressava de uma campanha, em 29 a. C., e logo a anexou ao Império. Mas foi Tibério, a cuja desumanidade as crónicas de Tácito e de Suetónio não deram tréguas, que mais se deixou tocar pelos encantos de Capri, nela mandando construir doze magníficas villas e inaugurando uma longa tradição de vilegiaturas de luxo na antiga colónia grega. O déspota acabaria por quase fazer de Capri a capital do império, ali instalando o centro de governação de um imenso território. Os seus últimos anos de vida, aliás, foram passados na ilha: terá Tibério procurado em Capri bálsamo para um remorso pelas intermináveis crueldades que marcaram o seu consulado?
Fonte: http://www.almadeviajante.com
Capri é uma ilha bizarra. A sua beleza serena, dócil e susceptível de despertar sentimentos contraditórios, parece assumir a condição de presente envenenado. Tal como sucede com certos seres a quem a Natureza concedeu determinados dons e que não podem a fugir a um destino que o tempo se encarregará de modelar astuciosamente, também Capri floresceu às mãos de um desígnio nascido desde tempos primitivos.
Capri é bela; dir-se-á que padece de uma beleza que convida a uma postura meramente contemplativa; e, todavia, ninguém arriscará a sentença de que estamos perante uma beleza inútil ou estéril. Mais: apesar das reviravoltas da História, Capri continua bela e constante, dois adjectivos que se dão, aparentemente, como o azeite e água.
A fortuna, como escrevia Simónides, poeta grego do séc. V a.C., pode mudar “rápida como o volver de asas de uma mosca”; mas não para Capri, uma ilha que pelo menos desde os idos remotos do Império Romano continua a ser destino de milhares e milhares de viajantes, cada um deles atraído pelos mais diversos motivos, mas todos, provavelmente, em busca subconsciente de uma certa ideia de beleza idílica.
Tibério deveria ser ouvido nesta história. O que sabemos - e teremos que nos contentar com a mediação dos cronistas - é que o cruel imperador se enamorou um dia da ilha. A luz transparente e embriagada de tanto azul, a vegetação exuberante que mistura inesperadamente espécies mediterrânicas e tropicais, as suaves brisas marítimas que sopram como toadas de sereias, o murmúrio das vagas que se desfazem languidamente ao encontro das falésias, os cumes elevados onde se alcantilam varandas naturais sobre o Mar Tirreno e os golfos de Sorrento e de Nápoles, com a costa amalfitana a sorrir ao fundo, eis o cenário que adoçou (relativamente...) a pedra do coração imperial.
Augusto deu com ilha por acaso, quando regressava de uma campanha, em 29 a. C., e logo a anexou ao Império. Mas foi Tibério, a cuja desumanidade as crónicas de Tácito e de Suetónio não deram tréguas, que mais se deixou tocar pelos encantos de Capri, nela mandando construir doze magníficas villas e inaugurando uma longa tradição de vilegiaturas de luxo na antiga colónia grega. O déspota acabaria por quase fazer de Capri a capital do império, ali instalando o centro de governação de um imenso território. Os seus últimos anos de vida, aliás, foram passados na ilha: terá Tibério procurado em Capri bálsamo para um remorso pelas intermináveis crueldades que marcaram o seu consulado?
Fonte: http://www.almadeviajante.com
Como Chegar a Capri
A partir de Nápoles há navegação regular para Capri (ferryboat e hydrofoil), mais frequentes durante a época estival. Os barcos partem do Molo Beverello, perto da Piazza del Municipio. Uma alternativa é tomar linha férrea Circumvesuviana, que circula ao longo da costa até Sorrento e daí apanhar um dos muitos barcos que partem para Capri. Há ligações internas em mini-autocarro entre Capri e Anacapri e outros pontos da ilha como Marina Piccola e a Grotta Azzurra, bem como serviços de táxi.
A partir de Nápoles há navegação regular para Capri (ferryboat e hydrofoil), mais frequentes durante a época estival. Os barcos partem do Molo Beverello, perto da Piazza del Municipio. Uma alternativa é tomar linha férrea Circumvesuviana, que circula ao longo da costa até Sorrento e daí apanhar um dos muitos barcos que partem para Capri. Há ligações internas em mini-autocarro entre Capri e Anacapri e outros pontos da ilha como Marina Piccola e a Grotta Azzurra, bem como serviços de táxi.
Gastronomia
No porto de Marina Grande e em Anacapri é possível encontrar restaurantes com preços acessíveis que servem gastronomia da ilha, que inclui muitas especialidades marítimas, nomeadamente peixe grelhado; os locais orgulham-se igualmente da sua mozzarella, do raviolli alla caprese, onde brilham os queijos locais, e do agnolotti, pasta com espinafres e ricotta. O vinho branco de Capri é um vinho leve, especialmente vocacionado para acompanhar peixe ou saladas. É dessa famosa ilha que vem a deliciosa Insalata Caprese e a Torta Caprese!
Restaurante em Capri
O Restaurante Aurora é um dos mais antigos e tradicionais de Capri, há três gerações é símbolo da típica cozinha Mediterrânea. Parada obrigatória para quem visita a ilha. A sala de jantar é muito agradável e a varanda maravilhosa! A carta de vinhos conta com mais de 300 rótulos, alem de Italianos, Franceses, Californianos entre outros. Faz parte do dna da família o gosto por vinhos finos. Está localizado no centro de Capri, onde, há mais de um século, os membros da família D’Alessio têm promovido as tradições culinárias de Capri - criando um verdadeiro paraíso gastronômico. Imperdível!!! Daqueles obrigatórios!!!
Aurora
Restaurantes
Via Fuorlovado, 18-22 - 80073 Capri (Napoli)
Tel. +39 081 8370181 - Fax +39 081 8376533aurora@capri.it
www.auroracapri.com
Fonte: http://viajandocomadica.com