José Cretella Júnior, hoje aposentado, é advogado, professor, autor de mais de 120 livros jurídicos e continua a dar pareceres jurídicos e a escrever livros e artigos para revistas especializadas.
Apaixonado por viagens, junto com sua esposa, companheira inseparável há mais de 60 anos e também advogada, Dra. Agnes Cretella, viajou pelo mundo inteiro, principalmente pela Europa, onde manteve correspondência e se encontrava com colegas franceses, espanhóis e italianos, que se tornaram amigos e os recebiam em suas casas. Essas viagens resultaram em dois livros – “Viajando pela Europa e pelo Mundo” e “Viajando pelos Cinco Continentes”, que também teve várias edições. Neste último, resumiu, em três palavras, o que considera as melhores coisas da vida: Ler, Amar e Viajar.
À partir de hoje a Webtur contará um pouco destas historias e dará dicas fantásticas para nossos amigos viajantes.
CURRICULO:
Com um currículo invejável, o Professor José Cretella Júnior é um apaixonado pelo Direito, como um todo, mas com especial predileção pelo Direito Administrativo, embora sempre tenha estudado – e ainda continua estudando – vários outros ramos jurídicos.
Antes de estudar Direito, cursou a Faculdade de Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, onde se formou na Seção de Letras Clássicas, em latim e grego.
Assim, começou a lecionar ambas as línguas, no curso secundário. Foi, então, que resolveu prestar exame vestibular na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, obtendo o primeiro lugar.
Como sentiu que sua verdadeira vocação era o magistério, depois que se formou, em 1950, na Faculdade de Direito, começou a estudar para concorrer ao título de livre-docente de Direito Administrativo, e, ao mesmo tempo, escrevia livros pertinentes à matéria.
Além disso, lecionou Direito Romano e Filosofia do Direito, nas Faculdades de S. José dos Campos (hoje Universidade), São Bernardo do Campo, Mackenzie e FAAP, onde adquiriu a experiência necessária para ser Professor na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Nascido em Sorocaba, no interior do Estado de São Paulo, logo sua família se mudou para Santos, onde sua mãe foi professora primária.
Nessa época sentiu sua vocação para o magistério, ainda garoto, quando, já morando na Capital, sua mãe criou um curso de admissão ao ginásio, em casa, na Vila Mariana e ele a substituía, quando ela, por qualquer motivo, tinha de se ausentar. Adorava isso!
Mais tarde, chegou a pensar em estudar Medicina e entrou para um curso preparatório, mas viu que não era sua vocação. Saiu do curso e foi então que entrou na Faculdade de Filosofia, “pulando” os dois anos de pré e se formando aos 21 anos de idade.
Sua estréia, como professor secundário, foi quando prestou concurso e conseguiu entrar no Ginásio Estadual Canadá, em Santos. Lá lecionou latim durante um ano, até conseguir transferência para o Ginásio Estadual Alexandre de Gusmão, no Ipiranga, em São Paulo.
Nessa época, escreveu vários livros didáticos de latim e português, que chegaram a inúmeras edições e eram adotados em todo o Brasil.
Em 1946, entrou na Faculdade de Direito de São Paulo, obtendo o primeiro lugar no vestibular e se formou em 1950. Logo começou a escrever livros jurídicos e a preparar-se para concurso à livre-docência de Direito Administrativo.
Em 1965, conseguiu a livre-docência e, em 1969, em concurso muito disputado, em que foi examinado por professores como Miguel Reale, Seabra Fagundes e outros de igual calibre, tornou-se titular de Direito Administrativo, com a aposentadoria do Professor Mário Masagão, que também fora seu Mestre.
Naquele período, durante 25 anos, enquanto lecionava na “Velha e sempre Nova Academia”, teve também o privilégio de ser convidado para fazer conferências e participar de Congressos em todo o país e aposentou-se, pela “compulsória”, aos 70 anos de idade, mas continuei a dar pareceres jurídicos e a escrever livros e artigos para revistas especializadas, além de me tornar advogado militante, durante vários anos.
Ao longo da vida, foi agraciado com vários prêmios: “Prêmio Pontes de Miranda”, pelos meus “Comentários à Constituição de 1988”, em 9 volumes, no Rio de Janeiro; recebeu o “Colar do Mérito Judiciário”, do Tribunal de Justiça de São Paulo e vários outros. Em 2006, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, que freqüenta todas as quintas-feiras e onde tem a honra de encontrar-se com vários escritores ilustres.
Recentemente, no dia 15 de outubro de 2.010, recebeu, do CIEE e do jornal O Estado de São Paulo, a láurea de “Professor Emérito 2010, Troféu Guerreiro da Educação”, que foi um verdadeiro coroamento de sua longa carreira de Professor. Foi com imensa emoção que ouviu as belíssimas palavras do Dr. Adibe Jatene, que o saudou, como seu antecessor nesse Prêmio e também as comoventes homenagens que recebeu dos Presidentes e demais dirigentes do CIEE.
Considera, também, como verdadeiro prêmio, o fato de vários ex-alunos seus ocuparem altos cargos no Poder Judiciário, quer no âmbito federal, quer estadual e sente que cumpriu sua missão de Educador. Tem profunda fé na juventude brasileira e acredita que aceitará e incorporará os valores que nós, das gerações anteriores, lhes procuramos legar, pois serão eles, os jovens de hoje e homens de amanhã, que irão construir um Brasil forte e justo, com o qual sonhamos.
Meu marido foi aluno do Cretela jr. no Alex.Gusmao.
ResponderExcluirTinha 13 a 15 anos idade.
Se o prof. tem hoje 90, devia ter cerca de 20 aquela época.
O Ciro se emocionou ao ler este blog e afirmou ter admirado muito esse excelente
prof.
Lembrou bem de um detalhe:
Cretela ao aplicar sabatinas testes , algumas vezes, sentado a mesa, abría o jornal e fazia um buraco na folha por onde observava se algum aluno fazia cola.
Diz que era muito divertido, principalmente porque todos sabíam que era resultado do seu constante bom humor. Até a entrada dele na sala, com a abertura brusca e barulhenta da porta o comove hoje quando lembra do prof. que marcou sua adolescencia.
Ele morreu em 2015.
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