quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Firenze e Florença - cuidado com os nomes!


- Cuidado - muito cuidado - com os nomes parecidos:

Gênova e Genebra, Viena capital da Austria e Vienne, cidade famos apor Lyon. Ou com variantes em outras línguas, todas designando o mesmo lugar: Florença e Firenza; Basiléia, Basel e Bâle; Antuérpia, Antwerp e Anvers; Munique e München. Palma (de Maiorca, capital das Ilhas Baleares) e Las Palmas (de Gran Canária), nas ilhas Canárias. Cuidado com os lugares de sons semelhantes: Haiti, Taiti, Havaí. Karnak, no Egito, Carnac, na França. Monróvia. Galícia na Espanha e na Romênia.

Um mínimo de atenção, de observação ou informação de ter o viajante. Do contrário, para que viajar? "O pior cego é o que não quer ver". Pior ainda é ver e não saber o que está vendo. Ou o que viu.

Um turista brasileiro, chegando a Roma, escolheu numa agencia local um roteiro de quatro dias por algumas cidades italianas, entre as quais Florença, que encerraria a excursão com chave de ouro". O nome Florença, desde os tempos da infância, soava-lhe o ouvido de de modo poético, quase uma carícia: Flo-ren-ça.

Chegava-se ao fim do passeio. Era o último dia em toscano impecável, o guia tudo explicava. O viajante pouca informação tinha sobre a cidade. Os Uffizi. O Palácio Pitti. A Santa Maria Del Fiore. A Porta do Paraíso. A terceira Pietá. O Davi. O Convento de São Marcos. A Loggia d'Orcagna. O Campanários de Giotto. Disso tudo nunca ouvira falar. O desfile das obras de arte era infinito. Uma maravilha, a cidade de Firenze, como soletrava o guia, falando para estrangeiros. Fi-ren-ze.

A senhora do turista brasileiro estava aborrecida. Nenhuma loja. Nenhuma compra. De volta ao Hotel pude ler, de passagem indiscretamente, a página do diário dessa senhora referente a cidade querida de Dante: "Nada para ver. Só arte." O regresso a noite a Roma transcorreu sem novidades. O programa fora cumprido a risca. Ponto por ponto.

No fim do passeio, o turista reclama ao guia: "E Florença? Não vamos ver Florença?"

Com paciência, quase com pena, vem a resposta: Foi a última cidade que visitamos! O culto viajante não sabia que Florença é o equivalente português do italiano Firenze...
Dr. José Cretella Júnior e Dra. Agnes Cretella

Nenhum comentário:

Postar um comentário