Realmente, os maiores encantos da vida estão resumidos nessas três palavras mágicas, não necessariamente nessa ordem, porque é difícil estabelecer-lhes a primazia.
Cada um desses encantos completa o outro, cada um a seu tempo e conforme a preferência pessoal. Feliz que pode usufruir, "numa só existência" de todo esse trio "infernal", em qualquer ordem, ou combinados.
"Se me fosse possível desenhar um ex-libris, para pregá-lo nos livros da minha biblioteca, imaginaria um brejeiro diabinho, com o tridente, no qual estariam inscritas as palavras: "amar, ler e viajar".
Cada um desses encantos completa o outro, cada um a seu tempo e conforme a preferência pessoal. Feliz que pode usufruir, "numa só existência" de todo esse trio "infernal", em qualquer ordem, ou combinados.
"Se me fosse possível desenhar um ex-libris, para pregá-lo nos livros da minha biblioteca, imaginaria um brejeiro diabinho, com o tridente, no qual estariam inscritas as palavras: "amar, ler e viajar".
Viajar, porém é dessas coisas que imprimem marca indelével no espírito, separando a vida do homem em dois momentos nítidos - antes e depois da viagem.
"Nunca nos banhamos duas vezes nas águas do mesmo rio" , dizia Heráclito de Efeso,"porque ou mudamos nós ou muda o rio". E no célebre Soneto de Natal, o nosso Machado de Assis concluía: "mudaria o Natal ou mudei eu?"
Indo a Paris, pela primeira vez, você é uma pessoa; indo pela segunda vez, a Paris ou a Londres, ou a qualquer cidade, você é outra pessoa. A cidade adquire a seus olhos novo aspecto.
"Nunca visitamos duas vezes a mesma cidade, porque ou mudamos nós ou muda a cidade. "Mudaria a cidade ou mudei eu? "Mudou você. Ao visitar uma cidade significativa, você reformou, por dentro, o seu modo de ver. Você é outra pessoa, mudou de plano, passando a ver o mundo e a vida por outro ângulo.
Voce é o verdadeiro milionário, dono daquele patrimônio que as maiores fortunas não compram, cuja segurança está a salvo desastre econômico : omnia mea mecum porto.
Viajar apenas para se distrair, ou viajar por viajar- para se dizer que viajou- não tem sentido, porque a verdadeira viagem é arte delicada que demanda preparo e estudo.
Já se disse que viajar é verificar. E é mesmo. De que adianta parar a frente de um monumento e ficar sabendo , só ali quase que por acaso, pela informação comercial e ligeira do guia, o que significa? Contemplar os quadros do museu, em marcha acelerada, sem saber nada sobre a história daqueles quadros, é pura perda de tempo.
Melhor é a expectativa preparada, anterior, envolvendo a história da coisa, sobre a qual já se tem informação. Que emoção chegar á Abadia de Westminster e dar de cara com a Pedra da Coroação, debaixo da Cadeira do Trono, na Capela de Eduardo, o Confessor! Pesa mais de 180 quilos; é uma pedra tosca; para algum frio inglês "it's just a stone", mas para quem sabe que se trata da Pedra do próprio destino da Escócia , o impacto é profundo.
Cada viagem é uma nova experiência com dimensões diferentes. Em breve, a viagem transforma-se em hábito; depois em vício, em doença crônica.
Ai daquele que for mordido, uma vez que seja, pela mosca azul da viagem. Desse vírus nunca mais se libertará. Por isso evite a primeira viagem, se pensa que não pode, por qualquer motivo, fazer outras. Feita a primeira, abre-se novo horizonte na vida:viajar novamente. O viajante apensa fica em dúvida se prefere rever os lugares já conhecidos ou se deseja conhecer novos lugares. É o momento dramático da opção."
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